Inicialmente, o autor trata da sujeição do conflito desportivo à Corte Esportiva de Arbitragem, mencionando os dispositivos pertinentes dos Estatutos FIFA. Em seguida, sustenta a aplicação do Direito Privado às relações desportivas, embora reconheça o apelo popular do esporte, assim como sua relevância constitucional. Com relação à imperatividade da solução extrajudicial dos conflitos estabelecida pela FIFA e seguida pelas Federações e pela CBF, o autor examina a validade e o alcance da proibição de se recorrer à justiça comum das decisões proferidas pela justiça desportiva nacional e pela CAS, e entende que tal proibição não viola o art. 5.º, XXXV, da CF/1988, devido à autonomia e à liberdade de associação. Por fim, o autor tece considerações a respeito da validade da submissão à CAS, destacando os benefícios de se ter um julgador especializado no direito desportivo para apreciar o conflito, e conclui que há arbitrabilidade objetiva e subjetiva nos conflitos submetidos à CAS.