Não há, na literatura nacional, estudo aprofundado quanto à possibilidade de se estabelecer, por testamento, convenção arbitral para solucionar conflitos entre sucessores, quer com relação à partilha, quer relativamente à administração da herança ou dos bens herdados. Após um período de reflexão investigativa na Espanha sobre a arbitragem e o direito sucessório e inspirado por debates acadêmicos sobre a possibilidade de estabelecer convenção arbitral em cláusula testamentária, tornou-se inevitável traçar algumas linhas sobre a questão. Embora longe de ser exaustiva a pesquisa realizada, e sem pretender criar doutrina ou paradigmas, buscamos, com este nosso primeiro e despretensioso escrito, instigar novos estudiosos para desenvolver o tema, ou, quem sabe, provocar modificações legislativas proveitosas ao maior rendimento da arbitragem no Brasil em questões desta natureza.